Hóstia
Do lat. = vítima)Nos antigos sacrifícios religiosos assim se chamavam os animais e alimentos que se imolavam à divindade a significar a homenagem a ela prestada pelos oferentes. No sacrifício de J. C., Ele mesmo foi, em nosso favor e nosso nome, oferente, mediador (sacerdote) e vítima (hóstia). Hoje, na liturgia romana, chamam-se hóstias às partículas de pão ázimo que, segundo o mandamento de Cristo na Última Ceia, se tornam no seu corpo às palavras da consagração. Têm em geral a forma circular. Para a comunhão aos doentes e adoração dos fiéis, as hóstias consagradas, contidas numa *píxide, guardam-se como Sagrada Reserva no *sacrário.
Foi sempre um uso antigo na Igreja que os fiéis
oferecessem o necessário para o serviço divino e sobretudo o pão e o
vinho, que são a matéria rigorosa do sacrifício.
Contudo, essas ofertas desapareceram desde o século
XI, uma vez que o clero preferiu que os pães utilizados no altar fossem
preparados à parte e com o maior cuidado. Assim, ficou o costume dos
cristãos dar doações com as quais o clero preparava o necessário para o
culto do Senhor.
A respeito do pão há-de ser de farinha, ázimo e que tenha marcas que o distinga do pão comum e ordinário.
O pão ázimo funda-se em Jesus Cristo que celebrou a
Eucaristia depois de ter comido o cordeiro pascal da lei mosaica. Desde
que este cordeiro fosse imolado não se permitia comer nem conservar pão
com levedura (fermento). Esse pão representava mais vivamente a suma
pureza de Deus, que oferece, e a santidade que exige a recepção deste
terrível mistério, segundo as palavras de São Paulo: "Comamos, não o trigo antigo, senão os ázimos de sinceridade e de verdade." (1 Cor 52).
No século XI, a Igreja ordenou que na Missa não se
utilize outro pão senão aquele sem levedura. Contudo, deu liberdade para
que o rito grego continuasse a consagrar com pão levedado, posto seja
uma questão acidental, determinado tão-somente por um preceito
eclesiástico.
Quanto à forma do pão eucarístico, o Papa São
Ceferino (séc. III) os chama de "coroas" por causa de sua forma redonda:
fazia-se expressamente para a Eucaristia e se vê por muitas antigas
estampas que neles se imprimia o sinal da Cruz".
("La Santa Misa - Ediciones Rialp - Madrid - 1975" - Autor: Anônimo - a citação encontra-se no Cap. III - Tercera Parte del Sacrificio - De la oblación o principio del sacrificio" Pg. 211 - 224s)
("La Santa Misa - Ediciones Rialp - Madrid - 1975" - Autor: Anônimo - a citação encontra-se no Cap. III - Tercera Parte del Sacrificio - De la oblación o principio del sacrificio" Pg. 211 - 224s)
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