segunda-feira, 24 de outubro de 2016

É necessário devolver a Deus o que dEle veio

Malaquias 3, 10 - inferte omnem decimam in horreum et sit cibus in domo mea et probate me super hoc dicit Dominus si non aperuero vobis cataractas cæli et effudero vobis benedictionem usque ad abundantiam (Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência - diz o Senhor dos exércitos - e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.)

O que é Dízimo?
 
O dízimo é uma contribuição voluntária, regular, periódica e proporcional aos rendimentos recebidos, que todo batizado deve assumir como obrigação pessoal - mas também como direito - em relação à manutenção da vida da Igreja local onde vive sua fé. O dízimo é uma forma concreta de manifestar a fé em Deus providente, um modo de viver a esperança em seu Reino de vida e justiça, um jeito de praticar a caridade na vida em comunidade. É ato de fé, de esperança e de caridade. Pelo dízimo, podemos viver essas três importantes virtudes cristãs, chamadas de virtudes teologais, porque nos aproximam diretamente de Deus. O dízimo é compromisso de cada cristão. É uma forma de devolver a Deus, num ato de agradecimento, uma parte daquilo que se recebe. Representa a aceitação consciente do dom de Deus e a disposição fiel de colaborar com seu projeto de felicidade para todos. Dízimo é agradecimento e partilha, já que tudo o que temos e recebemos vem de Deus e pertence a Deus.


Somente é Dízimo se For o Primeiro.


A palavra dízimo é usada de forma intercambiável com a palavra primícias. Há diversos exemplos disso em toda a Bíblia (Ez. 44:30 e II Cr. 31:1-6). Neemias, por exemplo, se referiu aos dízimos como primeiros frutos. (leia Ne. 10:35-37). Isso é importante, porque a palavra primícia é mais usada na linguagem do Novo Testamento. Essa é uma evidência de que o dízimo é também uma verdade do Novo Testamento. Quando falamos dessas coisas, o primeiro argumento que as pessoas levantam é que o dízimo é algo do Velho Testamento. Mas o texto de Malaquias começa com uma afirmação solene: Porque eu, o Senhor, não mudo... (Ml 3.6). Se Deus é o mesmo, então Ele ainda deseja ser honrado sendo o primeiro. Mas só será dízimo, se for o primeiro. Se você pagou todas as coisas e só no final deu o dízimo, isso não é dízimo. Portanto, algumas pessoas podem até dar 10% e ainda assim, não dão o dízimo, simplesmente porque não foi o primeiro.


Que passagens da Bíblia nos falam do Dízimo? 

São muitíssimas. Por sua Palavra, Deus nos convida: a confiar nele, que é o único Senhor de tudo; a ser-lhe agradecidos, porque ele é a fonte de todo bem; a colaborar com ele na instauração de uma nova sociedade, em que haja partilha e comunhão de bens, e em que não haja necessitados. Nos textos que seguem, podemos conferir essa divina proposta. A título de exemplo, citamos apenas algumas passagens bíblicas. Veremos, primeiro, que os patriarcas de Israel sabiam reconhecer os dons de Deus e lhe eram agradecidos, oferecendo-lhe a décima parte de tudo o que possuíam: “Abraão deu ao Senhor a décima parte de tudo” (Gen. 14,20). Jacó disse: “Eu te darei a décima parte de tudo o que me deres” (Gen. 28,22). Através do profeta Malaquias, Javé reclama do povo a oferta do dízimo, e lhe faz a ousada proposta de fazer a experiência do dízimo, como sinal de confiança nas graças que somente ele, Javé, pode dar. Diz Javé: “Vocês perguntam: Em que te enganamos?¹ No dízimo e na contribuição. Vocês estão ameaçados de maldição, e mesmo assim estão me enganando, vocês e a nação inteira! Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo. Vocês hão de ver, então, que abrirei as comportas do céu, e derramarei sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (MI 3,8-10).


ANTES DE MEXER COM O BOLSO, O DÍZIMO TOCA O CORAÇÃO.

 
Atualmente, a Igreja pretende redescobrir seu verdadeiro sentido para que nós cristãos possamos entender melhor o porquê do dízimo. Ele não é invenção humana e sim um dos mandamentos bíblicos e um excelente meio de vivermos as três grandes virtudes chamadas teologais. As virtudes teologais são chamadas assim, porque nos põem em relação direta com Deus ou porque nos levam a fazer o que faz o próprio Deus. São elas: a fé, a esperança e a caridade. Como sabemos, a Igreja é formada por pessoas que devem unir-se em comunidade. Em outras palavras, cada membro da Igreja é e deve sentir-se responsável pelos outros que formam a Igreja. Deus é Pai de todos e quer a plena realização de todos. Ora, ninguém pode chegar a essa realização sozinho. Por isso o sentido do dízimo é hoje riquíssimo, pois é um dos meios pelos quais cada cristão demonstra sua responsabilidade para manter a Igreja a que pertence, seja a Igreja-Templo, como também a Igreja-Povo.
Que relação existe entre dízimo e dinheiro?

Se o dízimo fosse apenas uma campanha financeira, com vistas a arrecadar dinheiro, não teria sentido e nem deveria existir. Por intermédio do dízimo, o cristão reconhece que deve retribuir a Deus uma parte dos bens que recebeu do próprio Deus. Dízimo é ato de gratidão a Deus. Dízimo é ato de caridade e partilha para com a Igreja. Não é taxa nem imposto que se deva pagar à Igreja, pois a Igreja não é um clube de prestação de serviços. Dízimo não é pagamento de sacramentos ou de serviços prestados pela Igreja ou pelo padre. Dízimo não se paga, se oferece. Não se cobra, se recebe. Antes de mexer com o bolso, o dízimo toca o coração. Antes de tudo, o dízimo é a manifestação da corresponsabilidade de cada um para com a comunidade cristã, da qual faz parte. Quando alguém devolve o dízimo, põe em prática a Palavra de Deus que diz: “Ofertai o dízimo” (Malaquias 3,10). Portanto, ele deve ser feito não como uma obrigação imposta, mas sim como reconhecimento de que vem de Deus tudo o que se tem e se possui. Todas as coisas pertencem a Deus, mesmo que estejam em poder de determinada pessoa. Essa atitude deve levar cada um de nós à conscienti-zação de que fazemos parte de uma comunidade pela qual cada um de nós é responsável. Oferecer o dízimo não quer dizer isentar-se de outras responsabilidades para com a comunidade. Pelo contrário, deve ser o início de uma nova relação do fiel com sua Igreja, principalmente com a comunidade onde vive.

 Onde devo entregar o Dízimo?

Diz o livro do Deuteronômio: “Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor” (Dt 12,11s). O dízimo pertence a Deus e é no templo que deve ser entregue, ou seja, na paróquia onde vivemos regularmente nossa fé. Levar um auxílio a um pobre, fazer um donativo a uma instituição beneficente, colaborar com campanhas de solidariedade, contribuir com movimentos de Igreja e/ou movimentos sociais... tudo isso são obras muito boas e agradáveis a Deus. Mas essas doações não substituem o dízimo e não nos isentam do nosso dízimo mensal, ofertado à paróquia onde recebemos a Palavra e os Sacramentos da salvação. Portanto, o dízimo deve ser levado à igreja. Pode ser entregue na secretaria paroquial, ou numa caixa de recebimento do dízimo que há na igreja, ou ser entregue a alguém da Pastoral do Dízimo ao final das missas e celebrações. Embora haja, em algumas paróquias, o costume de alguns fiéis saírem pelas ruas para receberem o dízimo das famílias, o ideal seria que cada fiel viesse à igreja trazer o seu dízimo. Os membros da Pastoral do Dízimo podem / devem ir de casa em casa para: levar alguma mensagem da paróquia, entregar o Jornal da Arquidiocese, lembrar o compromisso com o dízimo, entregar o relatório mensal da prestação de contas, etc. Mas, cada um deveria oferecer livre e alegremente o seu dízimo na comunidade onde vive sua fé.

“Dízimo não se paga, se oferece. Dízimo não se cobra, se recebe.”


  A palavra “dízimo” vem da palavra hebraica “malaser” e da palavra grega “dekate”, e traduzido significa “um décimo”. Todos nós sabemos que “um décimo” é 10%. Portanto, sabemos que a quantia do dízimo deve ser 10% porque este é o significado da palavra.

sábado, 8 de outubro de 2016

Significados dos gestos e posições na Santa Missa


Sentado: É uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e meditar, sem pressa.
– De pé: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão e disposição para obedecer. (Posição de orante)
– De joelhos: Posição de adoração a Deus diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e vinho.
– Genuflexão: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existir o Sacrário.
– Inclinação: Inclinar-se diante do Santíssimo Sacramento é sinal de adoração.
– Mãos levantadas: É atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus.
– Mãos juntas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega da vida.
– Silêncio: O silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também é necessário para interiorizar e meditar, sem ele a Missa seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra.
 
Ritos Iniciais

Fazer o sinal da Cruz com água benta (sinal do batismo) ao entrar na igreja.

Fazer genuflexão ao sacrário contendo o Santíssimo Sacramento, e ao altar do Sacrifício, antes de se dirigir ao banco. (Se não houver sacrário no presbitério, ou se este não for visível, fazer inclinação profunda ao altar antes de se dirigir ao banco.)

Ajoelhar-se ao chegar no banco para oração privada antes do início da Missa.

Ficar de pé para a procissão de entrada.

Fazer inclinação de cabeça quando o crucifixo, sinal visível do sacrifício de Cristo, passar em procissão. (Se houver um bispo, fazer inclinação quando ele passar, como sinal de reconhecimento da sua autoridade da Igreja e de Cristo como pastor do seu rebanho.)

Permanecer de pé para os ritos iniciais. Fazer o sinal da Cruz junto com o sacerdote no começo da Missa.

Bater no peito ao “mea culpa(s)” (“por minha culpa, minha tão grande culpa”) no Confiteor.

Fazer inclinação de cabeça e o sinal da Cruz quando o sacerdote disser “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós...”

Fazer inclinação de cabeça ao dizer o “Senhor, tende piedade de nós” no Kyrie.

Se houver o Rito da Aspersão (Asperges), fazer o sinal da Cruz quando o padre aspergir água em sua direção.

Durante a Missa, fazer inclinação de cabeça a cada menção do nome de Jesus e a cada vez que a Doxologia [“Glória ao Pai...”] for rezada ou cantada. Também quando pedir que o Senhor receba a nossa oração. (“Senhor, escutai a nossa prece” etc, e ao fim das orações presidenciais: “Por Cristo nosso Senhor” etc.)

Gloria: fazer inclinação de cabeça ao nome de Jesus. (“Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito...”, “Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo...”)

 Liturgia da Palavra

Sentar-se para as leituras da Sagrada Escritura.

Ficar de pé para o Evangelho ao verso do Alleluia.

Quando o ministro anunciar o Evangelho, traçar o sinal da Cruz com o polegar na cabeça, nos lábios e no coração. Esse gesto é uma forma de oração para pedir a presença da Palavra de Deus na mente, nos lábios e no coração.

Sentar-se para a homilia.

Credo: De pé; fazer inclinação ao nome de Jesus; na maioria dos Domingos durante o Incarnatus (“e se encarnou pelo Espírito Santo... e se fez homem”); nas solenidades do Natal e da Anunciação todos se ajoelham a essas palavras.

Fazer o sinal da Cruz na conclusão do Credo, às palavras: “..e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.”

 Liturgia Eucarística

Sentar-se durante o ofertório.

Ficar de pé quando o sacerdote disser “Orai, irmãos e irmãs...” e permanecer de pé para responder “Receba o Senhor este sacrifício...”

Se for usado incenso, o povo se levanta e faz inclinação de cabeça ao turiferário quando ele fizer o mesmo, tanto antes como depois da incensação do povo.

Permanecer de pé até o final do Sanctus (Santo, Santo, Santo...”), quando se ajoelha durante toda a Oração Eucarística.

No momento da Consagração de cada espécie, inclinar a cabeça e pronunciar silenciosamente “Meu Senhor e meu Deus”, reconhecendo a presença de Cristo no altar. Estas são as palavras de São Tomé quando ele reconheceu verdadeiramente a Cristo quando Este apareceu diante dele (Jo 20,28). Jesus disse: “Acreditaste porque me viste. Felizes os que acreditaram sem ter visto” (Jo 20,29).

Ficar de pé ao convite do sacerdote para a Oração do Senhor.

Com reverência, unir as mãos e inclinar a cabeça durante a Oração do Senhor.

Manter-se de pé para o sinal da paz, após o convite. (O sinal da paz pode ser um aperto de mãos ou uma inclinação de cabeça à pessoa mais próxima, acompanhada das palavras “A paz esteja contigo”.)

Na recitação (ou canto) do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”), bater no peito às palavras “Tende pedade de nós”.

Ajoelhar-se ao fim do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”).

Fazer inclinação de cabeça e bater no peito ao dizer: “Domine, non sum dignus... (“Senhor, eu não sou digno...”).

Recepção da Comunhão

Deixar o banco (sem genuflexão) e caminhar com reverência até o altar, com as mãos unidas em oração.

Fazer um gesto de reverência ao se aproximar do ministro em procissão para receber a Comunhão. Se ela for recebida de joelhos, não se faz nenhum gesto adicional antes de recebê-la.

Pode-se receber a Hóstia tanto na língua como na mão.

Para o primeiro caso, abrir a boca e estender a língua, de modo que o ministro possa depositar a Hóstia de forma apropriada. Para o outro caso, posicionar uma mão sobre a outra, de palmas abertas, para receber a Hóstia. Com a mão de baixo, tomar a Hóstia e com reverência depositá-la na sua boca. (Ver as diretrizes da Santa Sé de 1985).

Quando carregando uma criança, é muito mais apropriado receber a Comunhão na língua.

Se comungar também do cálice, fazer o mesmo gesto de reverência ao se aproximar do ministro.

Fazer o sinal da Cruz após ter recebido a Comunhão.

Ajoelhar-se em oração ao retornar para o banco depois da Comunhão, até o sacerdote se sentar, ou até que ele diga “Oremos”.

Ritos Finais
Ficar de pé para os ritos finais.

Fazer o sinal da Cruz durante a bênção final, quando o sacerdote invocar a Trindade.

Permanecer de pé até que todos os ministros tenham saído em procissão. (Se houver procissão recessional, fazer inclinação ao crucifixo quando ele passar.)

Se houver um hino durante o recessional, permanecer de pé até o final da execução. Se não houver hino, permanecer de pé até que todos os ministros tenham se retirado da parte principal da igreja.

Depois da conclusão da Missa, pode-se ajoelhar para uma oração privada de ação de graças.

Fazer genuflexão ao Santíssimo Sacramento e ao Altar do Sacrifício ao sair do banco, e deixar a (parte principal da) igreja em silêncio.

Fazer o sinal da Cruz com água benta ao sair da igreja, como recordação batismal de anunciar o Evangelho de Cristo a toda criatura.