terça-feira, 28 de maio de 2013

ACHARAM O QUE EU NÃO ACHEI!



Recebo com freqüência, por panfletos, e-mail, twitters e outros recados por parte de alguns pregadores da fé, a mim que também sou pregador da fé, o convite para conhecer Jeová ou Jesus. Se me procuram com esta premissa provocadora, deve ser porque acham que eles já conhecem o que eu ainda não conheço.

Foram instruídos, após sua conversão para outra igreja, ou desde o seu nascimento, que católico está errado de pai e mãe há pelo menos 15 ou 17 séculos. Não admitem a versão de que o nome “católico” já fora usado por Santo Inácio. bispo de Antioquia, entre os anos 100 e 105. Nunca devem ter ouvido falar de São Justino, filósofo e mártir nem de Cipriano de Cartago. Eles, que começaram há menos de um século ou menos 40 anos, supostamente conhecem o verdadeiro Jesus porque, até agora, tudo foi um imenso desvio. Em resumo: católico romano está errado e a história de Roma é um borrão histórico desde o primeiro dia.

É isso! Os folhetos dão a entender que erramos em tudo e que eles estão certos em 100% de suas afirmações. É, pois é! E ainda dizem que querem diálogo! Finalmente o mundo saberá qual a verdade verdadeira sobre Jeová, Javé ou Jesus pelos lábios da menina de 17 anos que Jeová ou Jesus iluminou. A eles foi revelado o que não foi a nós. Nossos estudos e livros e mártires e santos e nossos quase 2 mil anos de caminhada não valem nada diante do que ele sabem sobre Deus… Os mais de mil livros que li nada valem diante de menina que leu um livro e agora convida a família inteira para conhecer a verdade sobre Deus.

Não é maravilhoso para os pais ter alguém assim tão iluminado que não precisa nem de filosofia nem de teologia para saber o que Deus quer? Não é maravilhoso ter um filho de dezoito anos que fala com Jesus e Jesus lhe fala aos ouvidos o que é certo e errado? Enquanto os filhos dos outros precisam estudar para saber alguma coisa, seu filho recebe tudo direto de Deus… A verdade foi revelada ao pregador deles e a eles. Segundo eles outras igrejas são feitas de pecadores desinformados. Nossa Bíblia, para eles não é a cristã. A única versão verdadeira é a da igreja deles. Pensamos que sabemos, mas não sabemos nada… Eles, sim! Deus lhes conta tudo!

É o que leio nesses folhetos e nesses e-mails. O convite já vem carregado de ofensa. Ou nos vêem como ignorantes, ou como crentes mal intencionados. Eles são puros… Perdoo e acho graça. Dois mil anos de uma igreja não valem nada para quem leu um livro empolgante e agora conhece Jesus em plenitude. Cinqüenta anos de estudo e leitura nada significam para o neo convertido de 22 anos que há seis meses se tornou pregador da nova fé. Ou eu estou muito errado e ele muito certo, ou ele está certo demais. O que sei é que não dá para ler um livro com o nariz encostado nele. Sem a perspectiva do tempo ninguém pode falar em fé. É que a busca da humanidade por Deus não começou no semestre passado…

terça-feira, 7 de maio de 2013

ABUSOS LITÚRGICOS E ATOS NEFASTOS:

Bater palmas na Santa Missa??? Danças?? Coreografias???

O abuso litúrgico é antes de tudo uma falsificação da liturgia católica, no dizer da Instrução Redemptionis Sacramentum. Todo católico tem o direito de ver celebrada a sagrada liturgia sem improvisações, sem experimentação, de acordo com as normas estabelecidas pela Santa Sé.  

ATENÇÃO: Conversas, barulho, alvoroço, danças... nada disso combina com a missa. Certamente haverá locais e circunstâncias propícias para extravasar a alegria de ser cristão. Na missa, vale a "regra de ouro": o que não caberia fazer no Calvário, não cabe fazer na missa. 

Estamos diante do sacrifício do Filho de Deus! No altar, Jesus oferece-se ao Pai como vítima, por nossos pecados. Portanto, conversar com o vizinho, atender chamadas de celulares, bater palmas ou fazer coreografias, danças, etc., nada disso é próprio na missa. Este tipo de atitude podemos chamar de atos nefastos e profanos na celebração da renovação do sacrifício do calvário.


Na chamada "Missa Nova" do rito ordinário, por exemplo, há orações que são próprias e exclusivas do sacerdote. No caso específico, rezam o "Por Cristo, com Cristo, em Cristo...", a doxologia com que o sacerdote encerra a anáfora (a parte central da missa). Só o padre pode pronunciá-la. Mesmo que o celebrante convide ("todos juntos!", etc.) os fiéis deverão ficar em silêncio e responder, ao final, o solene "amém" (cf. IGMR 151). 

Os leigos também não devem rezar a oração da paz ("Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, Eu vos dou a minha paz..."). Só o sacerdote pronuncia essa oração.

Há que se distinguir os papéis do sacerdote e do leigo na missa: "Deve-se evitar o perigo de obscurecer a complementaridade entre a ação dos clérigos e dos leigos, para que as tarefas dos leigos não sofram uma espécie de «clericalização», como se fala, enquanto os ministros sagrados assumem indevidamente o que é próprio da vida e das ações dos fiéis leigos" (Redemptionis Sacramentum).