quarta-feira, 27 de junho de 2012

Porque devemos nos confessar.


Deus, no seu amor paternal, deseja que todos os pecadores voltem para junto dele. Ele quer que nos afastemos dos nossos pecados, que nos convertamos a ele, nosso supremo Senhor e fim eterno. Jesus Cristo nos diz no Evangelho: “Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está perto.” (Mat. IV,17).
Mas para nos ajudar a fazer a penitência, Deus nos dá uma virtude especial para que tenhamos forças para nos arrependermos de nossos pecados. Essa força especial é a Virtude de Penitência.
Pela virtude de Penitência, que Deus coloca no nosso coração, Ele nos leva a reconhecer toda Sua bondade, toda Sua santidade e como nós O ofendemos e O deixamos triste quando cometemos nossos pecados. Só mesmo conhecendo a Santidade, a Justiça e o Amor de Deus é que podemos reconhecer como nossos pecados ofendem a Deus.
Deus quer que tenhamos grande arrependimento por nossos pecados. 
O que quer dizer “se arrepender”? 
Arrepender-se quer dizer não querer de maneira nenhuma continuar com a alma manchada pelo pecado, sentir uma dor profunda por ter traído a bondade de Deus, ter ofendido e entristecido a Deus, que nos ama tanto. 
Na nossa família nós temos um bom exemplo do que é o arrependimento, quando deixamos nossos pais tristes e ofendidos. Logo vem aquela dor, aquela vergonha e, ao mesmo tempo, a certeza de que eles vão nos perdoar, se pedirmos desculpas, porque sabemos que eles nos amam muito. Com Deus também acontece assim. Com essa diferença: o arrependimento dos nossos pecados nos abre novamente as portas do Paraíso, nos devolve a amizade com nosso Deus, que morreu na Cruz para nos salvar.
Mas se não tivermos o arrependimento, será que Deus nos perdoará dos nossos pecados? É fácil perceber que sem um sincero arrependimento, Deus não pode nos perdoar.
Há vários tipos de arrependimento pelo pecado:
- Arrependimento humano: estamos arrependidos porque temos medo do castigo que receberemos de nossos pais. Esse arrependimento humano nada adianta para o perdão dos pecados.
- Arrependimento imperfeito: chama-se também contrição imperfeita ou atrição – estamos arrependidos porque temos medo do castigo de Deus.
- Arrependimento perfeito: chama-se também contrição perfeita – estamos arrependidos não mais por causa do castigo dos pais ou de Deus, mas porque ofendemos a Deus, traímos o amor de Deus, nosso Pai tão bom e amoroso, nosso Redentor e Salvador. Esta dor é chamada perfeita porque vem do amor que sentimos por Deus. É essa contrição perfeita que nós manifestamos quando rezamos o Ato de Contrição. Devemos saber de cor o Ato de Contrição para rezá-lo no confessionário e também em todos os momentos de tentação e perigo de nossa vida.
Meu Deus, eu tenho muita pena de ter pecado, pois ofendi a Vós, meu sumo Bem, e mereci os castigos de Vossa justiça. Perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar”.
Existe um Ato de Contrição mais bonito e mais completo:
«Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, criador e redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me Senhor, de todo o meu coração de Vos ter ofendido; pesa-me também de ter perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amém.»
Porém, só o arrependimento não basta! É preciso que ele seja acompanhado pelo bom propósito. O que é o propósito?
É a vontade firme e sincera de não mais cometer aquele pecado.
Se tivermos a contrição perfeita e o firme propósito de não mais pecar, devemos esperar com toda confiança o perdão de Deus. Ele é infinitamente misericordioso, chegando até a enviar seu Filho, o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, para morrer pagando nossos pecados. 
Essa virtude de Penitência não serve apenas para que nasça em nosso coração o arrependimento e a dor por ter pecado. Ela nos ajuda ainda a realizar certos atos exteriores, as obras de penitência, que servem para diminuir a pena do Purgatório, que teremos de pagar antes de irmos para o Céu; serve para dominar nossas más inclinações, nossos defeitos dominantes; e, também, para nos fortificar no bem.
São obras de penitência: rezar, jejuar, dar esmolas, suportar com paciência os sofrimentos e contrariedades, aceitar os incômodos da vida. A melhor obra de penitência é receber o Sacramento da Penitência, que é a Confissão. 

A Tentação, o Pecado e o Sacramento da Confissão

Deus quer que a nossa vida aqui na Terra seja um tempo de provação, para podermos alcançar a glória do Paraíso, não somente como um presente mas também como prêmio pela vitória. Por isso Ele permite que sejamos tentados e mesmo que, por nossa fraqueza, façamos pecados, pondo assim em risco a nossa Salvação Eterna.
A Tentação
Quando Jesus foi tentado no deserto, levou-o o demônio a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória e disse-lhe: “— Tudo isso lhe darei se, prostrado em terra, me adorares. Respondeu-lhe Jesus: Afasta-te Satanás! Pois está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus e só a Ele servirás. Então o demônio o deixou e eis que vieram os anjos e O serviram.” (S. Mateus, IV, 8-11).
Enquanto vivermos na Terra estaremos sujeitos à tentação. O demônio emprega toda sua astúcia e maldade para fazer com que pequemos e nos condenemos para sempre.
Deus permite a tentação. Ele quer nossa vitória, mas ao mesmo tempo Ele quer que nós saibamos reconhecer nossa fraqueza ficando humildes: a luta deve também nos fortificar para que nossa recompensa seja, um dia, ainda maior.
Deus nos ajuda na tentação. Ele é fiel: se Ele permite que sejamos tentados, Ele também nos dá as graças para vencer a tentação. Deus está sempre do nosso lado.
Como fazer quando somos tentados?
Devemos resistir imediatamente à tentação e invocar o auxílio de Deus. Às vezes bastará uma oração jaculatória ou o Sinal da Cruz. Muitas vezes o melhor é não fazer caso da tentação, ocupar-se com alguma outra coisa e acabar esquecendo o pecado. Devemos evitar as más companhias que podem nos conduzir à ocasiões de pecado.
Sentir uma tentação é pecar?
Não. Só haverá pecado se nós consentirmos na tentação, ou seja, se nós aceitarmos o pecado que a tentação propõe. Mas já é pecado se nos expormos à tentação ou não a combatermos com fervor.
Para a minha vida: Na tentação direi: Nunca, Jamais! e rezarei: Senhor, ajudai-me!
A tristeza e o abatimento são os maiores aliados da fraqueza e do mal. Por isso sejam sempre alegres.
Os Santos nos ensinam:
“Quem não é tentado não é provado: quem não é provado não progride” (Sto. Agostinho).
“Quanto mais se luta, mais se demonstra o amor a Deus” (Sta. Tereza D’Ávila).
“Se nos deixarmos levar pela mão de Deus, venceremos o demônio: se combatermos sozinhos, seremos vencidos” (Sto. Agostinho).

O Pecado

Muitas vezes não damos ouvidos aos conselhos de Deus, mas consentimos na tentação. Pecamos contra Deus, Sua vontade e Sua ordem. Desobedecemos à Lei de Deus com consciência, querendo fazer o pecado.
O pecado pode ser mortal ou venial. 
O Pecado Mortal – O pecado mortal é um pecado sobre matéria grave, onde desobedecemos os mandamentos de Deus ou da Igreja. Para ser mortal, deve haver matéria grave e vontade firme de pecar.
O que quer dizer matéria grave? Vamos dar um exemplo. Todos sabem que roubar é pecado. Se você rouba uma bala de um amigo da escola, a matéria do pecado é leve, é muito pouca coisa. Se você rouba um saco de balas ou a carteira de dinheiro, a matéria do pecado é grave.
O que quer dizer vontade firme? Dizemos também: ter pleno consentimento do pecado. Ou seja, você sabe perfeitamente que aquilo é pecado, você poderia recusar, mas você faz assim mesmo. Todas as vezes que fazemos algo contra os dez mandamentos da Lei de Deus e contra os cinco mandamentos da Igreja, em que há matéria grave e pleno consentimento, cometemos pecado mortal.
O pecado mortal é uma grave injúria que se faz a Deus. Com o pecado mortal o homem se rebela contra seu Criador e Senhor. Deste modo, ofende a Deus, Santidade infinita, e retribui com a mais vergonhosa ingratidão ao amor de seu bondoso Pai e de seu Redentor crucificado.
O pecado mortal é, ao mesmo tempo, uma terrível desgraça para o homem: rouba-lhe a vida da graça e a amizade de Deus: ele perde todos os méritos que já tinha ganho; passa a merecer a condenação eterna do inferno e os castigos temporais. Enquanto o pecador não se arrepender, estará morto para o Céu.
“É impossível que venha a cometer um pecado mortal o homem que reza com verdadeiro fervor e continuamente invoca a Deus“ (S. João Crisóstomo).

O Pecado Venial - É o pecado que não nos afasta inteiramente de Deus, mostra certa negligência do nosso amor e serviço de Deus, mas não chega a ser uma grave traição. Esses pecados podem ser perdoados sem a Confissão, bastando rezar um Ato de Contrição, pedir sinceramente perdão a Deus e não querer fazer mais aquilo. Deus perdoa assim o pecado venial. Eles não acarretam a morte eterna e o inferno, mas não deixa de ferir nossas almas e aumentar o tempo do Purgatório.

Comete-se pecado venial quando se peca em matéria menos grave, como por exemplo o que vimos do roubo de bala. Podemos cometer pecado venial também por falta de vontade firme de não pecar.
Por isso, a grande importância da Confissão freqüente. Mesmo que estejamos arrependidos de ter feito algo que consideramos errado, o melhor que temos a fazer é  nos confessarmos. Na Confissão, o Padre poderá esclarecer todas as nossas dúvidas, e certamente ficaremos mais tranqüilos e felizes por recebermos a Santa Comunhão e vivermos em constante estado de graça.
Mas não é porque o pecado venial seja leve que podemos viver pecando assim. Todo pecado, mesmo venial, é uma ingratidão para com nosso Pai Celeste. Devemos nos esforçar para evitar também os pecados veniais. Além disso eles nos prejudicam, principalmente quando os cometemos deliberadamente. Perdemos por causa deles muitas graças e diminui em nós o amor de Deus e o gosto pelo Bem. E, depois, com a alma enfraquecida com muitos pecados veniais, logo virão pecados mortais. Como todo pecado, o pecado venial nos traz penas temporais que teremos de pagar ou com nossos sofrimentos aqui na Terra ou com muito sofrimento no Purgatório.
Para minha vida: Quando, na tentação, me vier um pensamento assim: ... afinal, isso não passa de um pecado venial, responderei a mim mesmo: o Divino Salvador na Cruz teve de sofrer também pelos pecados veniais.


1) A Instituição do Sacramento da Penitência

Na tarde do dia da Ressurreição, apareceu Jesus aos Apóstolos e lhes disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. XX, 19-23).
Jesus Cristo, no seu amor, vem em auxílio do pecador por meio de um Sacramento especial. Durante sua vida terrena, perdoou aos pecadores arrependidos, e na Cruz expiou a culpa de toda a humanidade. No dia da sua Ressurreição, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores no sacerdócio, o poder de perdoar os pecados em seu nome. Instituiu assim o Sacramento da Confissão ou Penitência e o confiou à sua Igreja.

2) Quando devemos nos Confessar

Devem receber o Sacramento da Penitência todos aqueles que cometeram algum pecado mortal depois do Batismo. Não há obrigação de confessar os pecados veniais, pois estes podem ser perdoados também de outros modos, como fazendo um Ato de Contrição perfeito, rezando devotamente um Confiteor, fazendo uma boa ação por amor a Deus. Mas é muito útil confessarmos também deles, pois na Confissão Jesus Cristo vem em nosso auxílio por meio de abundantes graças próprias deste Sacramento, por exemplo, forças especiais para não pecar novamente. É, pois, muito útil confessar regularmente, mesmo os pecados veniais.
Além de confessar os pecados mortais e os pecados veniais, a Confissão também serve para expor uma dúvida que esteja nos afligindo, para pedir um conselho ao Padre, para pedir uma explicação. Essas coisas podem ser ditas em outra hora, mas o confessionário ajuda a conversar sobre a vida espiritual e moral.

3) A Forma e a Matéria da Confissão

Jesus Cristo ordenou que no Sacramento da Confissão, os pecados fossem perdoados ou retidos, ou seja, não perdoados ou deixados para uma próxima Confissão. Cabe ao Padre julgar, como juiz que ele é, se há verdadeiro arrependimento. Como o Padre não pode adivinhar os nossos pecados, nós devemos confessá-los, ou seja, declará-los, dizê-los claramente, sem esconder nenhum deles. Os nossos pecados assim ditos diante do Padre constitui a matéria do Sacramento da Confissão.
Depois que confessamos, arrependidos, os nossos pecados, o Padre nos absolve com as palavras da forma do Sacramento: Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Vemos assim que é preciso três coisas principais neste Sacramento: a matéria (os pecados confessados), a forma (absolvição pelo Padre) e o arrependimento.

4) Os efeitos da Confissão

Quando o Sacerdote nos absolve, Jesus Cristo, nosso Redentor, nos perdoa todos nos nossos pecados. Nós, que estávamos afastados de Deus pelo pecado, somos reconciliados com o Pai Celeste, pelo perdão do pecado e da pena eterna. A Confissão nos restitui, nos devolve a graça santificante, a amizade de Deus, bem como os méritos que perdemos por causa do pecado. A Confissão nos traz muitas forças para não mais pecar.
A pena eterna nos é perdoada. O que isso quer dizer?
Quando cometemos um pecado mortal, ficamos sujeitos a dois tipos de castigo:
- a pena eterna, que é a condenação ao inferno, onde nunca se vê a Deus e onde se sente ódio de Deus, de si mesmo e de todos;
- a pena temporal, que é o sofrimento do fogo que queima as almas do inferno.
Quando nos arrependemos do pecado e recebemos a absolvição, somos imediatamente perdoados da pena eterna, ou seja, não vamos mais para o inferno. Mas continuamos sujeitos à pena temporal, ao fogo. Para pagar esta pena temporal e poder entrar no Céu perfeitamente puras, as almas passam pelo Purgatório. Lá elas sofrem muito, sofrem também no fogo, mas este sofrimento tem a consolação de se saber que em breve estarão no Céu, na Felicidade Eterna, vendo a Deus face a face e podendo amá-lo e adorá-lo eternamente. Mas as almas do Purgatório sofrem muito. Por isso devemos rezar muito por elas, pedindo a Deus, à Nossa Senhora, à São Miguel Arcanjo, que levem estas almas sofredoras para o Céu.
Mas Deus nos ajuda também para diminuir o tempo que devemos passar no Purgatório. Como?
Ele permite que nós tenhamos muitos sofrimentos aqui na Terra. Quando somos católicos e conhecemos todas estas coisas que estamos estudando, aprendemos a oferecer estes sofrimentos a Jesus, em vez de ficarmos reclamando e praguejando contra Deus.
Nossas orações também servem para diminuir nossa pena temporal. Por isso, na Confissão, o Padre nos dá a penitência. Esta oração, ou a obra que o Padre nos manda fazer (jejum, esmola, sacrifício) serve para diminuir nossa pena temporal. Por isso, em vez de desejarmos penitências pequenas e rápidas, devemos nos alegrar quando o Padre nos pede algo que devemos fazer com algum esforço, pois estaremos diminuindo mais a nossa pena temporal.

5) Como devemos nos Confessar

Exame de consciência. Devemos rezar ao Divino Espírito Santo para que Ele nos ilumine sobre nossos próprios pecados. Refletimos, procuramos nos lembrar de todos os pecados que cometemos desde a última Confissão. Podemos ter ofendido a Deus por pensamentos, por atos pecaminosos, por omissões no nosso dever.
Devemos nos lembrar do pecado, mas também do número de vezes que o cometemos e de alguma coisa que possa ter agravado ou diminuído a gravidade do pecado. Tudo isso devemos dizer ao Padre.
Quando já sabemos mais ou menos o que vamos dizer ao Padre, nos aproximamos do confessionário com respeito e recolhimento. Muitas crianças não entendem bem que a Confissão é uma cerimônia religiosa, um rito, e não uma conversa com o Padre. Estamos ali diante de Deus.
Pedimos a benção ao Padre, dizemos quando foi nossa última Confissão, e dizemos todos os pecados, uma após o outro, com o número e algum detalhe importante, sem alongar muito os detalhes que nos levaram a cometer o pecado. Se for necessário algum detalhe a mais, o Padre perguntará. Não podemos esconder nenhum pecado grave, pois isso tornaria a Confissão inválida e estaríamos abusando da bondade de Deus. Muitas pessoas, por vergonha, escondem algum pecado. O Padre, que não pode adivinhar, dá a absolvição, mas Deus não perdoa uma alma mentirosa. Depois aquela pessoa vai para a Missa e ainda comunga, cometendo o pecado de sacrilégio. Tenhamos sempre sinceridade nas nossas confissões.
Quando terminamos de confessar, ouvimos os conselhos do Padre. Sempre aprendemos alguma coisa boa para nossa alma nesta hora. Prestemos muita atenção! E procuremos agir segundo estes conselhos, principalmente quando se trata de reparar algum mal causado aos outros, como pedir desculpas a alguém, devolver algo roubado, etc. O Padre, nesta hora, nos dará a penitência, que rezaremos assim que possível, de preferência logo após a Confissão, em união à Paixão de Nosso Senhor. Depois, ele nos manda rezar o Ato de Contrição. Enquanto rezamos, ele nos dá a absolvição, que termina com esta bela oração:
«Que a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, os méritos da bem-aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, e tudo o que tiverdes feito de bom e suportado de mal, vos seja aplicado para a remissão dos pecados, aumento das graças e para a recompensa da vida eterna. Amém.»
Que Deus não permita que nos afastemos algum dia da prática da Confissão regular, meio seguro de alcançar a salvação eterna!


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nem Todo Sofrimento É Uma Prova

Deus não se deleita com as provações de Seus filhos. A Bíblia diz que Cristo é compassivo conosco em todas as nossas provas, sendo tocado pelos sentimentos de nossas enfermidades.Em Apocalipse 2:9 Ele diz à igreja, "Conheço a tua tribulação, a tua pobreza...".  Ele está dizendo essencialmente, "Sei o que você está atravessando. Você pode não entender, mas estou sabendo de tudo". É essencial que compreendamos esta verdade, porque o Senhor efetivamente testa e prova o Seu povo.

As escrituras dizem, "Tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata" (Salmo 66:10)."Vossa fé ... é provada pelo fogo" (1 Pedro 1:7). O Senhor prova o justo" (Salmos 11:5). De fato, todo aquele que segue a Jesus enfrentará aflições. O salmista escreve, "Muitas são as aflições do justo" (Salmo 34:19). Paulo revela ter "Muita tribulação e angústia do coração ... com muitas lágrimas" (2 Coríntios 2:4).

E Hebreus descreve os santos que são, "desamparados, afligidos e maltratados", "suportando grande combate de aflições" (Hebreus 11:37, 10:32). O fato é que a Bíblia fala muito sobre o sofrimento, tribulações e problemas na vida dos crentes. De acordo com o salmista, "A minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura" (Salmos 88:3). Igualmente Davi diz suportar, "muitos males e angústias" (71:20).

Não vejo um único seguidor de Jesus que não tenha suportado todas estas coisas mencionadas nas escrituras: provações, tribulações, problemas, aflições, angústia. Sei que posso dizer com Davi, "Tenho suportado muita dor, grandes problemas e provações". E sei que muitos outros que estão lendo esta mensagem podem dizer, "Esse é o resumo de minha vida neste momento. Estou enfrentando provas e aflições angustiantes".

Por esta razão, todo cristão deve saber e aceitar que Deus tem um propósito em todo o nosso sofrimento. Nenhuma prova entra em nossas vidas sem a Sua permissão. E um dos propósitos de Deus por trás de nossas provações é produzir em nós uma fé inabalável.

Pedro escreve, "Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:7). Pedro chama a estas experiências "prova(s) de fogo" (4:12).

Paulo testifica ser afligido com provações já na fase de término da carreira - havendo vencido a prova da fé. Ele escreve "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7). Naturalmente, Paulo sabia que ainda tinha muito por fazer. Havia grandes provas e sofrimentos pela frente.
Porém podia honestamente dizer: "Eu posso não ter compreendido Cristo como queria e nem ter sido aperfeiçoado.
Mas quando se trata de fé, e confiando em Deus em meio à toda provação, sei em quem tenho crido e estou convencido. Quando o inimigo vem como inundação, sei que o Senhor levantará uma bandeira contra ele. E tenho aprendido tudo isto na fornalha da aflição".

Pense em sua própria provação ou no sofrimento presente. Tem tido dúvida, temor ou raiva ao suportá-lo? Tem acusado Deus de pôr muita carga sobre você, de colocar-lhe à prova desnecessariamente? Está a ponto de se dar por vencido, pensando, "Tenho sido fiel ao orar, ler a Bíblia, ir à igreja, porém nada funciona"?

Ou ainda pode olhar para o céu e dizer, "Eu sei que o Senhor é bom. E vou confiar nEle em meio a isto. Não viverei em dúvida, Ele vai me tirar dessa - para a Sua glória". Se isto o descreve, então sua fé suportou o fogo. Porém se não, tenho que lhe perguntar: quantas provas e aflições mais você suportará antes de poder dizer, "Minha fé prevaleceu"? A verdade é que nem tudo que sofremos é prova de fé.

Freqüentemente, o Senhor está atrás de algo mais quando estamos na fornalha da aflição. De fato, quanto mais próximo você caminha com Cristo, e quanto mais profundas são as provas, mais Ele está agindo em você para promover algo diferente de fé. Porém, não interprete mal: sempre que nossa fé vacila, provas de fé virão.


Nunca estaremos completamente acima desses testes. Mas eis outro propósito de Deus neles: o Pai está preparando uma noiva para o Seu Filho. E quer mais de nós em nossas provações, do que uma fé maior. Esta noiva será provada grandemente, e seu amor pelo Noivo passará pelo fogo. Sua confiança nEle será refinada através do fogo, dilúvios e aflições.


No entanto, estas dores não são para testar o amor dela e sua devoção. Ao contrário, são para refinar um amor que já está totalmente comprometido. Eu explico. Acredito que muitos dos que estão lendo esta mensagem estejam totalmente comprometidos com Cristo. Jesus é o grande amor de suas vidas e a fé nEle está prosperando.


Certamente, ainda há momentos quando essa confiança é testada. Entretanto, Deus está procurando outra coisa em você, algo mais. A preparação que o Senhor faz da noiva requer que Ele realize uma obra sobrenatural em você. Esta noiva - a eleita amada de Jesus - deve ser consumida pelo desejo ardente de estar com seu Noivo. Deve ficar livre de todas as outras atrações. Deve ficar obcecada pelo desejo de estar sempre em Sua presença corporal.


Paulo se refere a este desejo ardente quando escreve sobre o seu próprio desejo de "deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5:8). "Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Filipenses 1:21). Isto não era fixação mórbida por morte da parte de Paulo. O apóstolo claramente vivia uma vida plena e útil. Mas disse, "Algo em mim anseia estar com o Senhor, onde Ele está. Anseio estar com Ele face a face". 


Para fazer tal reivindicação, Paulo teria que estar completamente desacostumado deste mundo e suas atrações. Neste momento, Deus está preparando um novo mundo - um novo céu e uma nova terra - para o Seu povo. E esta nova criação englobará uma Nova Jerusalém, incluindo um lar para a noiva de Cristo.


Isaías viu este novo mundo que Deus está criando, e o panorama deve tê-lo deixado sem ação. Deus diz através deste profeta, "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo" (Isaías 65:17-18). Deus está dando aqui uma poderosa declaração à noiva de Cristo. Na realidade, está dizendo, "No meio da provação que você vive nesse instante, fixe esta verdade em tua mente: o mundo presente não é o teu lar. Tudo o que você vê passará - a terra, a lua, o sol e as estrelas. Estou criando um novo mundo, onde não há incêndios, inundações, demônios, sofrimentos nem aflições".


Percebe a mensagem? Suas lutas vão acabar, e os problemas passarão. Portanto fixe os olhos em Cristo, e ponha o seu afeto em passar a eternidade com Ele no novo mundo. De acordo com Jesus, o mundo no qual lutamos agora com toda dor e tristeza, não será lembrado quando esse dia chegar; ele nem entrará em nossas mentes! (ver 65:17).


Amado, isto me diz que o sofrimento que muitos estão suportando agora não é prova - é treinamento, ensino. Estamos sendo preparados para um mundo onde não haverá mais dor. E esse mundo vai ser povoado com novos corpos. Paulo nos diz que o corpo que baixa à sepultura não é o mesmo que sairá de lá. Teremos um novo corpo, um corpo com o DNA do próprio Cristo. Abraão é um exemplo de alguém focalizado no mundo por vir. A Bíblia diz dele, "Pela fé, habitou... como (estrangeiro) em terra alheia... porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11 :9-10). 


Abraão passou por uma grande prova de fé quando em obediência a Deus, ofereceu seu filho Isaque como sacrifício. No entanto, mais que sua fé provada, Abraão tinha perdido o interesse por esta terra - um fato comprovado quando ofereceu seu filho. Ele tinha fé que havia um propósito maior do que ele podia ver. Eis um homem que verdadeiramente estava no mundo, mas não fazia parte dele, vendo sua cidadania em um outro mundo. Agora considere o que Hebreus diz de Cristo "(Ele)...sofreu fora da porta" (13:12). Jesus sofreu como estrangeiro - sempre fora da religião formal, fora da sociedade aceita. No entanto, Cristo também estava "fora" no sentido de não ter lugar aqui na terra, nem sequer para reclinar a cabeça. Em tudo que Jesus fez, sempre olhou para o céu.

Como o nosso Salvador, e como o nosso antepassado Abraão, "Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (13:14). Vivemos e trabalhamos nesta terra, porém somos estrangeiros aqui; nossa verdadeira pátria está na Nova Jerusalém. Portanto, Hebreus urge, "Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando seu vitupério" (13:13). Enquanto não estivermos também "fora" do arraial - fora das cobiças e materialismos deste mundo - não estaremos onde nosso Noivo está.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Trampolim da Santificação



As nossas feridas têm se tornado desculpas para que nós não nos lancemos em uma vida toda em Deus. Vivida no espírito e não mais na carne. As nossas feridas tem se tornado uma forma de nós chamarmos a atenção dos outros e com isso alimentar nossa “manha”. Trocando em miúdos queremos viver remoendo nossas mágoas e nossos ressentimentos para que eu me sinta e para que outros me vejam como um “coitadinho”.

Esta é uma arma sutil que quase você não percebe que o demônio tem usado contra ti. Ele tem se aproveitado da sua história, que até possa ter sido muito difícil mesmo, mas que se tornou para você um motivo de prisão interior. Deus morreu, subiu ao céu e derramou seu Espírito para te dizer que você não está órfão. Você tem o Espírito Santo!
Das suas feridas e dos seus pecado é preciso fazer deles um trampolim para sua santificação e não uma prisão interior como nos ensina Santa Teresa D’avila. E para que serve o trampolim?

É um meio que os nadadores utilizam para saltar de uma certa altura, que geralmente é muito alta, para mergulhar na piscina. Perceba é um meio e não um fim  e o objetivo do nadador é mergulhar. Assim, você precisa fazer o mesmo com suas feridas e pecados. Usar deles como um meio para mergulhar no Espírito Santo. É isso que significa a expressão “batismo no Espírito” é este mergulhar é este encharcar do Espírito de Deus.
Se você quer ser curado, experimentar a liberdade interior, perdoar as pessoas que te magoaram e voltar a sonhar o caminho é o clamor do Espírito Santo. É a hora de pedir este auxílio de Deus sobre você e não mais ficar murmurando e vivendo de auto-piedade. É tempo de fazer a experiência do cego Bartimeu e gritar: “Filho de Davi tem compaixão de mim”! ( Marcos 10: 49) É a sua vez de fazer esta experiência e gritar também: Filho de Davi, me cura!

É pelo o Espírito Santo que você conseguirá escrever a nova história de perdão, reconciliação e liberdade interior. Por isso, é preciso pedir incansavelmente pelo Espírito de Deus, orar em línguas indo para o trabalho, orar em línguas dirigindo seu carro, orar em línguas no banho… o que não pode parar é de pedir este Espírito Santo.

Convido você esta semana a fazer uma experiência. Ao lembrar de uma situação que te magoou, que foi motivo de frustração e de rancor escrevê-la em um diário que pode ser chamado “diário do perdão” e todos os dias apresentar ao Espírito Santo estas feridas.
Você verá o quanto Deus pode libertar seu interior pelo Espírito Santo!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Amor foi derramado


Posted by Revolução Jesus on maio 28th, 2012

“E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rom. 5,5).

Sempre recordei esta passagem como um profundo consolo de Deus, que não nos deixa só porque é Amor; amor que supera todo entendimento… até mesmo as grandes decepções e as experiências mais dolorosas da nossa história. Um Deus que, de tanto nos amar, se deu inteiramente: “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Amor que supera qualquer falta de amor humano.

Em muitos de nós, talvez, esta “esperança que não decepciona”, de sermos amados verdadeiramente, por um amor desinteressado, fiel e verdadeiro, possa ter morrido. Talvez você não tenha encontrado amor nem mesmo no seio da sua família, lugar que, por excelência, deveria ser a fonte de todo o bem. E das suas tentativas em amar e expectativas em receber amor, você já tenha se frustado, se ferido e, muito!

Preciso te dizer que toda falta de amor que sentimos é contradição pois, assim afirma a Palavra de Deus, “o amor de Deus foi derramado em nossos corações… (Rom. 5,5)”, mas então porque, muitas vezes, não o sentimos? Porque nem sempre é possível tocar nisso? Experimente dilatar seu coração na presença de Deus. Conte tudo pra Ele, rasgue seu coração, deixe-o “sangrar”, para que toda falta de amor, toda ausência de pessoas que você amava e que não te amaram como você precisava ou gostaria, possa ser preenchida. E quando você se sentir vazio de tudo que você foi entulhando aí no seu coração em cada experiência negativa, peça então essa “Força do Alto”, o “Espírito Santo Consolador”, e diga que você O quer, que você deseja experimentá-Lo.

O amor precisa partir da “Fonte”, de onde ele brota puro e límpido e esta “Fonte” é o coração de Deus, do seio da Trindade que é Pai, Filho e Espírito Santo. E este “amor de Deus” já nos foi dado, já “foi derramado em nossos corações…” desde o nosso batismo. Pra quê procurar distante o que está tão perto? Pra quê procurar fora o que já está dentro? É aí, no seu coração, que Deus resolveu amar em plenitude.

Se neste teu caminhar por entre pedras seus pés já se cansaram de andar na direção errada, se você pegou “atalhos” achando que encontraria o que tanto ansiava, o Verdadeiro Amor, e viu que se enganou, então eu te digo: É TEMPO DE CAMINHAR NA DIREÇÃO CERTA! Mas, pra onde? Para o Alto, VERSO L’ALTO!!! Como? A resposta é só uma: “… pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rom. 5,5).

A Igreja se prepara para viver um novo “Pentecostes”, que é o derramamento do Espírito Santo. A mesma experiência vivida pelos apóstolos (Atos 2,1ss). Cinquenta dias após a Páscoa de Jesus, viveremos a promessa de Deus: “Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos (Atos 2:17). “… pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e está em vós. Não vos deixarei órfãos… ( Jo 14,15-21)”.

E aí? Você quer? Eu quero! Então rezemos: Vem Espirito Santo de Amor!