quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aparentes contradições da Bíblia: como os protestantes resolvem?


Se não houvesse a Igreja para explicar certos textos aparentemente contraditórios, quem os explicaria?

Por exemplo, o mesmo Deus que proibiu fabricar e adorar ídolos, ordenou a Moisés fabricar duas estátuas de querubins para guarnecer a Arca da Aliança. Veja isto em Êxodo, 25, 18; 37, 7; 3º livro dos Reis, 6, 23; 1º livro dos Paralipômenos, 28, 18-1 9 ; 2º livro dos Paralipômenos, 3,10.

Como os protestantes explicam isso?

Deus proíbe comer carnes de animais considerados "impuros" no Antigo Testamento, como porcos, répteis, etc. Esse mesmo Deus manda São Pedro comer todas essas comidas proibidas, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, capítulo 11, 4-10

Como os protestantes explicam isso?

Como explicam eles também que, tendo Deus revelado a Moisés os Dez Mandamentos -- um dos quais diz "Não matarás" --, entretanto o mesmo Deus mandou, por exemplo, que os antigos apedrejassem todo homem ou mulher que praticasse a magia? Ver isso no Levético, 20,27. Aliás, todo este capítulo do Levítico é constituído pela relação de delitos que são punidos com a pena de morte.

Esses exemplos servem para mostrar que interpretações indiscriminadas, literais, das Sagradas Escrituras só dão em desastre. Desastre este que se reflete nas mil seitas protestantes que há pelo mundo, cada uma das quais se julga no direito de interpretar a seu bel-prazer os Livros Santos. Um verdadeiro caos.

A Igreja já explicou tudo isso de modo exuberante, mostrando que não há qualquer contradição. Muito ao contrário. Tudo se coaduna, tudo se completa e redunda numa arquitetura e harmonia perfeita!

Apresentei os fatos acima para mostrar que são necessários estudos para explicar essas aparentes contradições. E tais interpretações pessoais que existem por aí, não passam de confusão perigosa para a Fé.
Na própria Sagrada Escritura está dito que há passagens difíceis de interpretar e que pessoas ignorantes lhes adulteram o sentido para a sua própria perdição (cfr. 2ª epístola de São Pedro, cap. 3, versículo 16).

E apenas os estudos não bastam. É preciso que exista uma autoridade assistida por Deus para orientar e guiar esses estudos, resolver as questões que surjam e declare infalivelmente no que se deve crer. É o que expusemos acima.

Essa autoridade Jesus Cristo conferiu à sua Igreja que, por meio do Papa e dos Bispos, assistidos pelo Divino Espørito Santo, têm a missão de ENSINAR (pela pregação), de SANTIFICAR (pela administração dos Sacramentos) e de GOVERNAR (mediante as Leis da Igreja) o povo fiel. É a diferença que existe entre a Igreja DOCENTE e a Igreja DISCENTE, estabelecida por Nosso Senhor Jesus Cristo.

As provas da veracidade e divindade da Igreja estão nos milagres que atestam a sua santidade, na tradição eclesiástica que vem desde os Apótolos e pela qual se pode estabelecer historicamente, de modo luminoso, indiscutível e insofismável, que a Igreja dos Apótolos é a Igreja Católica.

Também se pode provar cabalmente, por meio das Escrituras, que a Igreja Católica é a Igreja fundada por Jesus Cristo.

Por exemplo, como já foi acentuado no início deste artigo, a afirmaçã de Jesus Cristo: "E eu digo-te que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos Céus, e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos Céus; e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos Céus" (S. Mateus 16, 18-19).

Assim, só a Igreja Católica tem a legítima autoridade para interpretar as Sagradas Escrituras de modo infalvel, como sempre se creu e ensinou, e como afirma o Concílio de Trento, seguindo toda a Tradição, desde o passamento do último Apóstolo, São João Evangelista, até o dia de hoje.

E assim o será até a "consumação dos séculos".

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