terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Salve Rainha e Mãe de Misericórdia


Seguindo o pensamento de Santo Afonso, afirmamos que Maria é Rainha: O fundamento teológico para esta afirmação baseia-se na vontade salvífica de Deus que quis salvar o mundo por meio de seu filho, em forma humana. A encarnação de Jesus, no ventre de Maria, é a fonte de todos os privilégios recebidos por Maria. Ninguém duvida que Jesus-Deus em forma humana- é o Senhor e o Rei do Universo. “Tudo que existe foi feito por Ele, tanto as coisas celestes como as terrestres, as visíveis como as invisíveis... Ele existe antes de todas as coisas e tudo nele subsiste”. (Cl 1,16-17)
Se Cristo é o Rei e Senhor, com justiça e propriedade, pode-se afirmar que a Mãe deve chamar-se Rainha. Se o Pai Eterno quis colocar todos os tesouros de vida e salvação, à disposição de seu Filho, em forma humana, podemos acreditar que a Mãe bendita desse filho, participe também das honras e dignidades de seu Filho. Se Cristo é Rei (Jo 18,37) – a Mãe recebe o título e a honra de ser a Rainha Mãe.

Mas, a realeza de Maria não deve ser confundida com a realeza dos príncipes e rainhas deste mundo. A realeza de Maria é a manifestação feminina da realeza de Jesus. “O Filho do Homem veio para servir, e dar a vida em resgate de muitos” (Mc 10,45). Maria, totalmente sintonizada com o pensamento de seu filho, afirmou: “Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38)

Maria é Rainha de Misericórdia, Rainha cheia de doçura e misericórdia, sempre pronta para ajudar e fazer o bem para seus filhos mais necessitados: Maria manifesta para nós, o rosto misericordioso de Deus. Quando a Virgem Santíssima concebeu o Verbo Divino e o deu à luz, obteve, por assim dizer, a metade do reino de Deus: tornou-se a Rainha de Misericórdia, e Jesus ficou sendo o Rei da Justiça. Há um mandamento divino, prescrevendo que os filhos devem obedecer e honrar seu pai e sua mãe. (Dt.5,16). Maria é realmente a mãe biológica do Filho de Deus, em forma humana. Por isso, o mandamento vale também para Jesus. E Ele, durante sua vida neste mundo, obedeceu a Maria e a José: “Jesus desceu com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles”(Lc 2,51).

A rainha Ester foi figura de Maria: Quando viu que seu povo ia ser exterminado, moveu-se de compaixão e arriscando a própria vida, apresentou-se perante o rei e lhe fez o pedido: “Se o Senhor quer fazer-me um favor, se lhe parecer bem, o meu pedido é este: que me conceda a vida, e o meu desejo é a vida do meu povo”(Est. 7,3). O coração da mãe é mais sensível com a dor e necessidade de seus filhos.

Maria sentiu em seu coração a dor de seu filho, oferecendo-se como vítima para a Salvação do mundo. E aos pés da Cruz, recebeu a maravilhosa missão de ser a Mãe da humanidade, que estava sendo remida pela morte cruel de seu filho. Se o preço foi tão grande para salvar a todos, seu coração misericordioso de mãe, não quer perder nenhum dos filhos que recebeu junto à cruz.

Os títulos e louvores que dirigimos a Nossa Senhora, em nada aumentam sua felicidade e sua glória, mas são um incentivo e um estimulo poderoso, para aumentar a nossa confiança e o nosso amor à nossa Rainha e Mãe de Misericórdia:

Salve Rainha e Mãe de Misericórdia!

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